Gestão de Pessoas

A Arte de Gerir Pessoas

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domingo, 20 de junho de 2010

`` Escritores da Liberdade``



Vamos relacionar o filme ``Os Escritores da Liberdade`` com o cenário de mudanças, o filme começa de uma forma bem tradicional, mostrando a relação entre professor e alunos. Uma professora de classe média alta procurando implantar mudancas em um cenário escolar público, ela tenta se aproximar dos alunos com coisas que lhes são familiares, e até aqui nenhuma novidade.

O filme passa a ficar interessante no contexto organizacional, quando os alunos criticam ferozmente seu novo jeito de ensinar (isto não ocorre nas organizações por parte dos funcionários). O fato é que a professora aceita as criticas dos alunos quanto a incapacidade dela de tentar gerir aquela situação educacional crítica e ainda cria perguntas para entender melhor seus alunos que diziam que a professora por ser de classe média não sabia o que eles passavam.

Entra aqui a gestão de Pessoas de Approach, que significa ``abordagem``, porém só a palavra não diz muita coisa. O approach é ir além de suas obrigações na observação da situação crítica.

Existe um procedimento na aviação, chamado approach, que é exaustivamente ensinado e praticado pelos pilotos nas escolas de formação, através de simuladores, antes de realizarem qualquer vôo. O objetivo é justamente preservar a vida da tripulação e passageiros não só do avião, como de todos os demais que estão manobrando no aeroporto.

Voltando ao filme, a professora quando aceita as criticas e procura investiga-las tem um approach. Até então a ela trabalhava com a idéia de ``eles querem estudar`` ou ``eles não querem estudar`` e agora trabalha com o paradigma ``queremos estudar, mas não sabemos como e parece que você também não sabe”.

A abordagem do tipo approach leva em conta mais do que as conseqüências imediatas de seus atos. Não é só salvar quem esta no seu barco (ou avião), mas olhar ao redor e ver o que seus atos podem produzir em outros ambientes. Esta professora teve este tipo de abordagem naquela situação e os alunos perceberam isso.
Este tipo de visão é muito discutido hoje, há uma falta de approach nesta geração.

Esta professora então parte para dar somente uma nova visão para estes alunos, pois a abordagem approach exige que você se ponha no lugar do outro. É a chamada alteridade: Dessa forma eu apenas existo a partir do outro, da visão do outro, o que me permite também compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado, partindo tanto do diferente quanto de mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência do contato

A partir desta visão e do conhecimento histórico que ela tem ela encontra um espaço de conexão entre ela e seus alunos hispânicos e negros: sua etnia. Ela para e diz: olha o meu povo também já foi discriminado e perseguido. Ela é judia. Neste ponto de conexão ela leva seus alunos a entender o que é o holocausto através do livro “O Diário de Anne Frank”. Os alunos compreendem essa conexão e praticam também a alteridade

É preciso que os gestores encontrem, dentre de suas próprias organizações, pontos que levem seus funcionários a praticar a alteridade com seus clientes. Se colocar no lugar do cliente que recebe o produto fabricado pela empresa. O que ele faz com o produto? O que agrega na vida dele? É preciso que o colaborador saiba qual o impacto que ele causa na sociedade.

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